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Diretor e roteirista de Harry Potter and the Cursed Child falam sobre colaborar com a J.K. Rowling


O Pottermore liberou a segunda parte da entrevista com o John Tiffany e Jack Thorne, diretor e roteirista da peça teatral Harry Potter and the Cursed Child. Se você ainda não leu a primeira parte, clique aqui. Nessa segunda parte da entrevista eles falaram sobre como foi colaborar com a Jo para escrever essa história e como ela acabou sendo sobre o Harry dezenove anos depois. Leia traduzida abaixo!

Equipe criativa de Cursed Child fala sobre colaborar com J.K. Rowling

O diretor de Cursed Child, John Tiffany, e o escritor, Jack Thorne, falam com o Correspondente Pottermore sobre sua criação colaborativa com J.K. Rowling.


John Tiffany conheceu J.K. Rowling pela primeira vez em 1995. Um dos cafés de Edimburgo onde ela escreveu Harry Potter era no Traverse Theatre, onde ele trabalhava. Eles estavam prestes a bombar - ela na literatura, ele no teatro -, mas naquela época eram apenas desconhecidos que trocavam um sorriso estranho.

"Quando o livro saiu, ela não ficava mais nos cafés, então eu nunca a vi desde que Harry Potter se tornou Harry Potter, até esse último janeiro." John me diz, reluzente e se recostando ligeiramente em sua cadeira com uma inquietação juvenil. Ele passou esses vinte anos se tornando o celebrado diretor das produções Black Watch e Once, além de outras.

É uma daquelas primorosas reviravoltas do destino que a próxima vez que eles se encontraram foi para colaborar em Harry Potter and the Cursed Child.

"Eu perguntei para as crianças em minha vida, meus três sobrinhos e meu afilhado, se eu deveria trabalhar nessa peça. Eles todos haviam lido Harry Potter e todos disseram: 'Nós te mataremos se você não participar'". Assim a jornada começou.

"Eu sabia que ele era o escritor com o qual eu queria trabalhar." Diz John, apontando para o homem do outro lado da mesa - o escritor britânico Jack Thorne. Eles trabalharam juntos da adaptação de 2013 de Deixe Ela Entrar, o que explica a camaradagem contagiosa entre ambos.

Nesse momento, John e Jack estão em um intervalo para o almoço entre oficinas (workshops) para a Cursed Child (Criança Amaldiçoada). Nós estamos sentados em uma mesa coberta por scripts, marcadores, e lápis desapontados.

"Eu disse isso antes e direi novamente, eu faria qualquer coisa que ele me pedisse para fazer." Jack diz, apontando seu dedo de volta para John.

"Ah, pare com isso" John diz e se vira para mim. "Nós fomos para Edimburgo, na casa da Jo - Jack e eu. Então eu meio que assisti o caso amoroso começar. Sabe, é como levar seu melhor amigo para encontrar seu novo parceiro e então perceber... Bem, são dois escritores se encontrando, você não consegue participar."



"Eu havia lido todos os livros quando eu tinha cerca de 20 anos, e ia ao cinema assistir todos os filmes sozinho. Eu já estava em um amor profundo com Harry Potter, então a chance de fazer isso..." diz Jack, como se ainda não acreditasse que J.K. Rowling tivesse lhe dado os personagens daqueles livros e filmes para escrever nos palcos.

"Nós começamos a falar sobre ideias e sua generosidade de forma que ela ouviu o que estava dentro de nossas cabeças, e então alimentou a conversa a partir disso com sua mente brilhante, foi incrível. Você foi bem claro naquela momento, John, que você não queria fazer algo histórico."

"Sem prequelas!" diz John, ecoando a conta no Twitter de J.K. Rowling. "Mas também, eu sabia, ao ver a animação nas crianças com as quais compartilhei a leitura dos livros, que nós tínhamos que trazer as trevas de volta. Havia a necessidade de um novo perigo."

Os três estabeleceram o enredo naquele dia na sala de escrita de J.K. Rowling. Eles conectaram a narrativa escrevendo em cadernos naquele momento e lugar, e então Jack e John voaram de volta para Londres para começar [a trabalhar na peça].

"Nós conversamos muito, o que foi bastante útil." Diz Jack, quando eu pergunto a ele sobre a tarefa de escrever diálogos para Harry Potter. "Eu li os livros de novo e de novo, e então tentei escrever no papel..." Ele suspira. "Ah, é incrível, quer dizer, é muito divertido."

Uma vez que Jack, John e J.K. Rowling haviam se prendido a uma história, eles tinham que encontrar um palco no qual apresentá-la. Por que eles escolheram o Palace Theatre, eu pergunto.

"Ele nos escolheu, eu acho." Diz John. "Quer dizer, é animador imaginar qualquer um indo assistir Harry Potter lá. É um teatro gótico, há certa grandeza lá e uma sensação de que é Hogwarts."

A animação no rosto de John é real. O tremor na voz de Jack é genuíno. São dois artistas realizados e talentosos, mas nessa peça, mais do que em qualquer coisa que eles já trabalharam, eles estão fazendo mágica e estão ambos encantados por isso.

É óbvio o porquê da J.K. Rowling ter confiado o futuro de Harry Potter para Jack e John; eles são o par perfeito para trazer Harry Potter de volta.

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