O Pottermore esteve em uma exibição das ilustrações e rascunhos criados por Jim Kay para a edição ilustrada de Harry Potter e a Pedra Filosofal. A Correspondente fez um relato bem interessante sobre o artista e como foi a exibição, que estará aberta até 17 de Abril de 2016. Leia o texto traduzido abaixo!
Saiba mais sobre o artista e como foi criar a edição ilustrada através de um vídeo liberado pelo Pottermore clicando aqui.
Ilustrações de Harry Potter por Jim Kay em exibição no Seven Stories *
A Magia da arte de Jim Kay está nos seus travessos detalhes.
O ilustrador esconde brincadeiras e piadas em seus desenhos de uma forma tão furtiva que você não tem a menor possibilidade de perceber à primeira vista.Eu vasculhei o trabalho desse homem várias vezes, folheando as páginas de sua edição ilustrada de Harry Potter e a Pedra Filosofal.
Eu espremi os olhos tentando ver todos os sinais, todas as criaturas e todas as brincadeiras visuais em suas pinturas do Beco Diagonal.
Para ser sincera, eu achei que tinha visto tudo, mas aqui estou eu, encarando um quadro enorme da Floreios e Borrões na inauguração da exibição de Jim na Seven Stories, em Newcastle.
Tem corujas na arquitetura, corujas empoleiradas nas janelas e corujas em pequenas torres – você quase não consegue perceber onde termina a natureza e onde começa a pedra.
Pela primeira vez eu notei que onde quer que haja uma coruja há um rastro de cocô branco de pássaro logo abaixo. Sim, o Jim desenhou cocô de coruja no telhado da Floreios e Borrões porque, imagino, ele achou isso hilário. O que, considerando que ele também pintou algumas partes impróprias do corpo em jarras no fundo do armário de estoque do Snape, é um tema recorrente.
A sala principal da exposição do Jim é branca com pequenas chaves aladas e guarda-chuvas pintados na parede. Esboços feitos a lápis em cartolina creme grossa foram emoldurados e estão pendurados nas paredes junto com molduras de vidro com os primeiros modelos do Expresso de Hogwarts e pinturas finais em cores vibrantes.
Um Dumbledore desenhado a lápis espia sobre seus óclinhos meia-lua de um dos cantos, próximo a uma McGonagall de aparência rígida, usando roupas inspiradas no ciclo de vida de um sapo.
Há um esboço do Harry, uma pintura do Hagrid, uma planta baixa de Hogwarts e delicadas fotos de Rony Weasley de três ângulos, do tipo que se tira na delegacia de polícia.
Uma vez que tínhamos andado por toda a sala, sorrindo e sussurrando um para o outro como se falar em volume normal fosse, de alguma forma, desrespeitoso, nós fomos para cima para ouvir o Jim falar.
A sala está envolvida por luzes "pisca-pisca" e decorada de parede a parede com recortes de papelão enormes do Beco Diagonal. É nada menos que mágico.
“O Beco Diagonal é autobiográfico para mim”, diz Jim, falando para um pequeno e encantado grupo. “Quando eu era criança, um amigo meu de escola tinha esse senso de humor; eu desenhava alguma coisa e ele ia e adicionava alguma coisa engraçada, ou boba, ou rude. Ele não está mais comigo, então tenho que fazer eu mesmo agora.”
Ele vê uma mulher com suas duas filhas jovens na primeira fila e sorri. Dez minutos antes ele havia conhecido as meninas na mesa de colorir e elogiado o trabalho delas. A menorzinha, que devia ter só 10 anos e estava usando uma capa de chuva floral, desenhou a cabana do Hagrid e então ficou sentada, enfeitiçada, enquanto Jim desenhava para ela um morcego no mesmo papel.
É um atestado da doçura um tanto encantadora de Jim o fato de ele ter dado um rápido oi para os adultos da sala antes de sentar e dar uma aula de desenho improvisada para as crianças que estavam ali. Também pode ser que seja um dos segredos do seu trabalho.
“Você dá lápis e papel para uma criança e ela simplesmente vai e desenha. É instinto, elas não pensam nem se preocupam com isso, elas simplesmente desenham. É triste que a gente perca isso. Eu tento não perder isso,” ele diz.
Pense naquele cocô de coruja no telhado da Floreios e Borrões. Você não perdeu isso, Jim.
A exposição Illustrating Harry Potter (Ilustrando Harry Potter) estará aberta de 14 de novembro de 2015 a 17 de abril de 2016 na Galeria Gillian Dickinson, no 6o andar da Seven Stories, o Centro Nacional para Livros Infantis que fica na Lime Street, em Newcastle Upon Tyne. Para mais informações visite o site da Seven Stories.
*A Seven Stories é o Centro Nacional para Livros Infantis. Eles selecionam obras de arte e manuscritos originais – de primeiros rascunhos a livros finalizados – para criar suas exposições e eventos populares inovadores. A Seven Stories celebra os livros infantis. (Traduzido do site da Seven Stories.)
Tradução: Isabel Dain.
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