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Jack Thorne, escritor de Harry Potter and the Cursed Child, comenta sobre a peça em nova entrevista


Em nova entrevista para o The Independent, Jack Thorne, o roteirista da peça Harry Potter and the Cursed Child comentou sobre a J.K. Rowling e como é transportar a história do Harry para os palcos. Lembrando que o roteiro da peça será publicado em livro no mesmo dia da estreia, e que foi escrito pelo Jack, e não pela J.K. Rowling. A Jo deu todas informações ao autor do que acontecia na história e ele então escreveu todo o roteiro, com supervisão e revisão dela. Saiba mais por aqui!


Jack é conhecido por ter escrito roteiros para a série Skins, Glue e This is England ('86, '88 e '90). Ele já trabalhou em peças como Deixe Ela Entrar e Hope, que foi apresentada na Royal Court. Agora, trabalhando com Harry Potter, ele disse que tem sido "uma honra". O escritor é fã da série há muito tempo, tendo comentado em entrevistas anteriores que foi no cinema ver os filmes sozinho mesmo já sendo adulto.

Sobre toda crítica que Noma Dumezweni recebeu por ter sido escalada como Hermione na peça, ele disse que a cor da pele dela não foi problema algum para ele: ela é uma atriz brilhante. Além disso, ele comentou que defende fortemente uma maior diversidade nas artes: "É provavelmente a coisa mais importante que eu posso fazer. É algo que eu me importo muito; ainda é uma coisa bem difícil colocar personagem deficientes na TV." Ele ainda comentou sobre a importância das pessoas verem que seus personagens favoritos podem ser negros, ainda mais no que será a introdução de muitos ao teatro: "Sim, isso é importante. É um outro lado completamente diferente [da escolha de elenco]. É interessante com toda a discussão de diversidade e o #OscarsSoWhite... É uma jornada bem, bem lenta."

O escritor também disse estar ciente da pressão que é trabalhar em uma história desse nível: "John [Tiffany, diretor da peça] diz que isto irá nos definir, seja incrível ou péssimo, e é verdade. [Mas] nós temos a oportunidade de atingir uma audiência que não vai ao teatro e dizer: 'Olhe a história que podemos contar.' E isso é um grande privilégio. Então vamos esperar que dê certo."

Além disso, ele comentou que apesar da proposta de dividir a peça em duas partes ter vindo da produtora Sonia Friedman, isso ocorreu por razões artísticas, já que dessa forma eles poderiam criar "um mundo completamente mágico".

Jack, como dito anteriormente, é um grande fã de Harry Potter, e se diz encantado em poder trabalhar com a J.K.: "A Jo é incrível, uma dama adorável. Ela tem tanta certeza da pessoa que quer ser. Isso me ensinou muito sobre como se comportar." O jornal então perguntou se ele diz isso no sentindo pessoal ou profissional, e ele respondeu: "Ambos. Deixar outra pessoa escrever sequer uma palavra do que o Harry diria é um ato incrivelmente generoso. Ela é muito confiante e está preparada para dizer: 'Nah, você entendeu errado' E depois, como pessoa, ela está preparada para se posicionar sobre assuntos importantes. Eu a admiro."

Ele ainda confessou, com vergonha, que sua mulher revisa os emails que ele envia para a autora antes dele enviar: "caso eu puxe muito o saco dela. Ela não quer que eu seja embaraçoso."

Ele ainda comparou seu trabalho em This is England, uma série baseada em um filme que ele sempre amou e para a qual ele escreveu diversos scrips, com escrever a oitava história de Harry Potter: "Foi assumir o controle dessa coisa muito preciosa para mim e dizer: 'Você tem que escrever palavras para o Woody, palavras para o Lol'... aquele sentimento de que eu poderia destruir algo que amo... Eu realmente não quero estragar para mim, ou para qualquer outra pessoa."

A J.K. Rowling compartilhou essa entrevista do Jack no Twitter e comentou: "Leia isto e você verá porque Jack Thorne era o único outro escritor que eu queria perto de Cursed Child."

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