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Martin Foley, diretor de arte de Os Crimes de Grindelwald, conta detalhes sobre o filme























Em entrevista a diversos jornalistas que tiveram a chance de conhecer os sets de Animais Fantásticos e Onde Habitam: Os Crimes de Grindelwald, o diretor de arte do filme, Martin Foley, contou alguns detalhes interessantes sobre a trama, os personagens e os cenários da sequência de Animais Fantásticos. Confira abaixo alguns trechos traduzidos entrevista:

A entrevista completa e outros relatos podem ser encontrados no MuggleNet.
(ATENÇÃO: O conteúdo abaixo contém spoilers de Os Crimes de Grindelwald.)

Martin Foley: Basicamente, a história arranca muito bem de onde o último filme deixou. Passaram-se alguns meses, tipo, seis meses ou algo assim, e Newt publicou seu livro: Animais Fantásticos e Onde Habitam. E é aí que estamos. Mas onde começamos de verdade é no porão do Macusa.

Sobre Grindelwald:























Martin: Estamos de volta a Nova York no porão, e encontramos Grindelwald nas celas. Como podem ver, não estamos trabalhado muito nos cenários. Haverá muitos efeitos digitais, porque há centenas de prisioneiros observando-o. E ele é meio que um herói no submundo do crime e com os seres e mundo da magia negra. Eles o avaliam. E enquanto ele está sendo transportado do porão até o telhado do MACUSA... Basicamente, vão mandá-lo de volta para a Europa para ser julgado pelos seus crimes por lá. Os americanos querem livrar-se dele, e enquanto ele está sendo transportado, todos começam a aplaudir, e é uma cena um pouco volátil. Ele pega o elevador até o telhado do MACUSA –  que é um prédio de verdade em Nova York, o edifício Woolworth, nós o filmamos no último filme – e lá, ele aparece no elevador e há uma carruagem mágica, que é na verdade puxada por Trestálios, o que é um retrocesso para os nossos filmes anteriores, é muito empolgante. E eles vão voar, basicamente, basta dirigir para fora do topo deste edifício e despencar. Mas então,  em meio a essa cena acontece uma trama de fuga, com uma grande sequência de ação no início do filme. Todos vão ficar admirados, eu espero, com a cena pelo céu de Manhattan, o Hudson e tal. E então todos sabemos que ele escapou.

Depois, existe uma cena , que é basicamente uma reunião de bruxos, e isso acontece em um anfiteatro subterrâneo sob o Père Lachaise, o famoso cemitério de Paris. E então, embaixo, há um grande anfiteatro, em que você pode ver, digamos, 2.000 pessoas. E é quase como um show de rock que Grindelwald está dando para convencer os bruxos de que o que ele está fazendo é justo. Ele não é abertamente agressivo ou violento, ele está apenas usando sua inteligência e charme. Esse é provavelmente o gancho principal da história, na verdade. É sua persuasão.

Sobre Credence:
Ele está basicamente tentando descobrir quem ele é. A tentativa dele fora de Nova Iorque é com o circo bruxo itinerante. E eles não são de fato o circo padrão e feliz. É mais um show de aberrações, um circo muito sombrio. E assim ele consegue um emprego com eles, ajudando-os, e acaba fazendo amizade com alguns personagens. 


Sobre Newt:    

          
















Esse é o começo, e então encontramos Newt. Ele está com problemas com o Ministério de novo, portanto, é um momento muito emocionante para os fãs de Harry Potter, porque vamos voltar para o Ministério da Magia britânico. Criamos novos cenários de lá, com novos elementos, e foi muito divertido fazer isso. E então, ele sai de lá e se encontra com um certo jovem professor Dumbledore que eu acho que todos vocês conhecem.

Eles se encontram e não é explícito que ele está trabalhando para Dumbledore. Ele meio que descobriu, mas não sabia que estava sendo usado por Dumbledore. Mas Dumbledore é como um mestre de xadrez, assim como Grindelwald. Os dois são rivais. Então esse é o enredo, realmente. Aqueles dois estão jogando e usando as pessoas, um para o bem, um para o mal. Mas Newt fica sabendo disso depois do que aconteceu da última vez, e eles acabam se encontrando nas ruas de Londres. Existe uma cena com Dumbledore no topo da Catedral de St Paul, e ele traz Newt junto para conversarem ali. Eles estão sendo seguidos, então Dumbledore cria essa espécie de névoa e eles continuam aparatando e caminhando pela antiga e enevoada Londres, até que nós descobrimos que eles estão sendo seguidos. Eu não vou dar mais detalhes, mas saibam que é ao mesmo tempo bom e sombrio.

Newt vai para casa depois de ver Dumbledore. Ele vive em algum lugar no sul de Londres, em uma propriedade de tamanho médio, mas seu porão é transformado – através de magia – em um incrível hospital zoológico. É como se fosse uma extensão física de sua maleta.
Ele também mantém um monte de suas ervas, poções e outras coisas lá dentro. Mas é um cenário muito bonito. E ele também tem uma assistente, que... Bem, não sei o que quer que seja, mas existe uma relação muito boa entre ele e a assistente. E isso deixa Newt sair nessas aventuras sabendo que seus animais não estão famintos, e estão sendo cuidados. E sim, há criaturas diferentes lá, não sei quantas criaturas devo dizer.

Imprensa: Diga todos eles.

Martin: [risos] Sim. Eu não quero ir muito longe. Enquanto isso, o circo a que Credence se juntou em Nova York chegou a Paris. E estas são algumas ideias do que vai acontecer.

Sobre Tina, Queenie e Jacob:























Martin: Enquanto isso, Tina é agora uma Auror restabelecida. Ela está de volta, muito mais forte e muito mais confiante. Ela tem o emprego de volta e está mais feliz neste filme. E ela é mais estridente e foi para Paris. O Newt quer ir se encontrar com ela, e eles meio que tiveram um problema por falta de comunicação. Eu não sei o quanto vocês sabem sobre essas coisas, nós não vamos entrar em grandes detalhes, mas é complicado, como todos os relacionamentos são. E Jacob e Queenie também vão para a Europa por suas próprias razões, que eu também não vou entrar em detalhes. Mas todos eles acabam se encontrando por lá por culpa um do outro. Não é só uma coincidência. Há uma razão pela qual todos eles acabam lá. Porque Grindelwald também foi lá. E ele meio que está escondido à vista de todo mundo. 

A casa de Nicolal Flamel:

Martin: Então, é por isso que temos Paris. Nós, basicamente, a reaproveitamos. Temos a parte alta de Paris, as avenidas, os degraus de Montmartre e o mais típico da cidade. E então nós temos a parte realmente antiga de Paris, com muitos becos e travessas. E há até mesmo a casa de Nicolal Flamel, e foi interessante porque quando estávamos lendo o roteiro, Jo havia escrito onde esses personagens estavam, e ele estava na Rue de Montmorency. E nós fomos lá, e na verdade, Nicolal Flamel é uma pessoa real -ele era um químico real – que viveu em Paris e era uma pessoa muito famosa. A Jo realmente pensou em todas essas diferentes partes de Paris e amarrou-as todas. Então esse foi um link divertido. Mas a casa dele não parecia nada com o que Stuart havia desenhado, obviamente. (risos)


Sobre Hogwarts:















Martin: E então há alguns flashbacks em Hogwarts, o que é realmente emocionante para os fãs. Eu não vou entrar em muitos detalhes de quais flashbacks e quando eles irão aparecer, mas nós reconstruímos certas salas de aula e revisitamos alguns locais que mostramos em Harry Potter. Então é bem nostálgico. Eu trabalhei em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban , e alguns dos cenários que construímos lá nós precisamos construir novamente, muitos anos depois. Eu já trabalho com Harry Potter por 17 anos, eu acho, então sim, é incrível reconstruir essas peças e ainda ter Dumbledore, mesmo que seja um jovem Dumbledore, e depois as crianças. A Jo veio, viu aquele cenário e ficou tipo “Ah sim, isso é…” É incrível, realmente, revisitar algumas dessas coisas. E também há os terrenos de Hogwarts, nós temos um jovem  Newt no elenco... Então isso é muito animador.

Imprensa: Quais são as maiores diferenças entre os Hogwarts que vimos nos filmes anteriores e a Hogwarts que vamos ver neste filme?

Martin: Bem, não haverá muita diferença porque, obviamente, Hogwarts é muito velha, uns 800 anos, mais ou menos. E são apenas 70 anos [entre a série Animais Fantásticos e a série Harry Potter ]. Então isso não mudaria agora se você fosse realmente tão longe. Então eu diria, em todos os filmes, quem quer que seja o professor (de Defesa Contra as Artes das Trevas), sua sala de aula tem seu próprio apelo e suas próprias coisas. Então, o jovem Dumbledore tem suas próprias roupas, por exemplo, especificamente para ele. Mas a sala de aula é a mesma.

Imprensa: Em termos de escala, o número de cenários que você construiu para este filme é maior do que no último?

Martin: Parece que sim. Sim, os números devem ser maiores. À medida em que avançamos, há mais níveis de camadas de detalhes. E há muito mais variedade neste filme. No último, vimos muito de Nova York, obviamente. Mas, neste,  temos Londres, Paris e Nova York, além das partes em que voltamos a Hogwarts… Eles fizeram um trabalho incrível, então Stuart está realmente satisfeito, ele está realmente muito feliz com tudo isso.

Imprensa: Em termos de criaturas mágicas, qual é a porcentagem que vamos ver em comparação com o último filme?

Martin: Há algumas grandes criaturas neste filme que aparecem junto com a história. E Newt está tendo que lidar com eles ao mesmo tempo em que está nos outros ganchos da história.  Existem tantos ganchos para este filme, e as criaturas definitivamente ainda fazem parte dele. Há muitos pássaros, Jo gosta de pássaros, então há muitas criaturas parecidas com pássaros. Mas sim, há muitas criaturas.


Tradução: Rafael Silva

Fonte: MuggleNet

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