Pages

Daily Mail tenta impedir J.K. Rowling de fazer audiência pública para se defender de artigo ofensivo


Segundo a Sky News, após o jornal Daily Mail pedir desculpas e ter pago pelos danos por um artigo que criticava a J.K Rowling, seus advogados estão tentando impedir uma declaração da escritora em uma audiência pública.

Rowling processou o jornal por difamação após este ter publicado um artigo intitulado "Como a triste história de J.K Rowling sobre seu passado como uma mãe solteira deixou os fiéis de uma igreja que se importavam com ela irritados e perplexos". Esse artigo foi publicado pelo Daily Mail uma semana após a escritora ter escrito um texto sobre pais/mães solteiros(as) para a instituição de caridade Gingerbread, da qual ela é presidente. Nesse texto, ela contou sobre o período da sua vida em que foi mãe solteira em Edimburgo, usando benefícios e trabalhando algumas horas por semana em uma igreja (enquanto escrevia Harry Potter).

No artigo escrito por J.K. para o Gingerbread, ela comentou: "eu lembro de uma mulher que visitou a igreja um dia quando eu estava trabalhando lá, que se referia a mim, para eu ouvir, como A Mãe Solteira. Eu estava metade irritada, metade entretida: mãe solteira? Deveria eu sequer ser permitida em uma igreja?".  

J.K Rowling processou o artigo do tabloide britânico dizendo que era enganoso e injusto e que havia "ferido sua reputação e causado a ela grande estresse e embaraço". O jornal então retirou o artigo de seu site, publicou um pedido de desculpas e pagou pelos danos. O dinheiro da indenização foi doado para caridade.

Mas a J.K também exigiu a oportunidade de fazer uma declaração em uma audiência pública, porém, na última audição, os advogados do Daily Mail argumentaram que não deveria ser permitido à Jo fazer tal declaração (que seria posteriormente relatada pela mídia). E segundo eles, essa tentativa de impedir a declaração não busca diluir ou introduzir ressalvas ao pedido de desculpas do jornal, mas sim porque o público assumiria que a declaração foi aprovada pela corte, ao invés de ser uma declaração pessoal de reivindicação