Muitas vezes, quando um ator faz um papel marcante por vários
anos, cria-se o conceito de que ele só saberá fazer papéis ligados a esse ponto
de sua vida, o que não é verdade. Daniel Radcliffe, assim como vários outros da
saga, seguiu com a carreira pós-Harry Potter. Ao assistirmos qualquer um de
seus trabalhos, não iremos perceber traços de seu mágico personagem.
Seu primeiro trabalho cinematográfico após o término da saga foi A Mulher de Preto, em que ele é o
protagonista. Ele interpretou o jovem advogado Arthur Kipps, que foi
encarregado de lidar com uma mansão misteriosa. O filme, considerado de terror,
público realmente entre na história.
Durante os 118 minutos de filme, não enxergamos Arthur Kipps como Harry Potter
em nenhum momento.
Porém, no intuito de vender o filme, a distribuidora anunciava o
filme com base no slogan: “[Daniel Radcliffe] Seu primeiro filme depois de
Harry Potter”. Esse tipo de ação passa uma mensagem errônea sobre o talento de
qualquer ator, dando a impressão de que o ator X, independentemente do
talento, sempre será conhecido pelo
personagem Y.
Dentro dessa mesma questão, no início de 2014, houveram boatos de
que o elenco, mais precisamente, o trio de ouro, estaria gravando cenas para a
abertura da nova área do parque The
Wizarding World of Harry Potter, porém Daniel desmentiu com a seguinte
declaração: “Não, besteira
absoluta! Eu não sei nada sobre isso. Eles podem muito bem usar imagens
existentes que já filmamos para o cinema, mas não me chamaram nem tive
envolvimento com isso. Um tempo atrás, eles me pediram para fazer mais coisas
para o parque temático, e foi o momento que decidi por um limite, porque esse
parque temático vai continuar se expandindo e indo para mais países, e vai
chegar a um ponto que terei 30 anos de idade, e se eu ainda estiver fazendo
isso, será um grande problema”.
Sua declaração demonstrou ao mundo
sua vontade de crescer profissionalmente para não ser o eterno Harry Potter.
Portanto, resta a nós, fãs, aprender que por mais que um ator ou atriz tenha
interpretado o mesmo personagem em grande parte de sua vida, isso não significa
que ele sempre terá os traços desses personagens em seus futuros trabalhos
profissionais. Todos devemos aprender a apreciar os atores pelo seu trabalho
como um todo e não por apenas um personagem.
---------------------------------------
As opiniões expressas nesse texto são de Flavia Kurotori
Nenhum comentário:
Postar um comentário