O ator Matthew Lewis, que deu vida ao grifinório Neville
Longbottom na saga Harry Potter, está atualmente divulgando seu trabalho no
longa “Como eu era antes de você”, que estreia mês que vem nos cinemas
mundiais. O filme conta a história do
rico e jovem Will (Sam Claflin), que após sofrer um acidente, torna-se tetraplégico.
Ele se envolve com Louise (Emilia Clarke) que foi contratada para cuidar do
jovem. Na história, Matthew Lewis interpreta o até então namorado de Louise, Patrick.
Em uma entrevista durante a premiere do filme em Londres,
Matthew falou sobre trabalhar com Emilia Clarke e o restante do elenco. “Ela é um sonho, muito encantadora e amável, muito
talentosa e bonita. Eu me lembro do dia que estávamos no set pela primeira vez,
e eu estava muito nervoso em conhecê-la e ela foi realmente adorável.”, disse o
ator.
Matt também comenta sobre o fato de parte do elenco terem se
sucedido em grandes produções, confessando ser um pouco “geek”: “Havia Sam, em
Jogos Vorazes, Emilia com Game of Thrones e Jenna, em Doctor Who. E você pensa, nossa,
é uma junção de todas essas séries de ficção científica. E eu sou bem geek,
para ser honesto, então quando parei para pensar nisso, achei muito
legal.”
Confira o vídeo abaixo:
Confira o vídeo abaixo:
Recentemente, Matt concedeu uma entrevista à revista Fault
Magazine, em que ele falou sobre sua carreira e como se sentiu quando soube da
morte de Alan. Leia alguns trechos traduzidos da entrevista abaixo:
Você pode nos dizer
um pouco sobre sua vida após Harry Potter? Como foi sua carreira depois de 10
anos de bruxaria?
M.L: Eu decidi fazer uma peça de teatro, por 192 vezes. Quando
aconteceu, eu não sabia muito o que estava fazendo. É uma forma muito diferente
da atuação para a qual eu fui preparado. Quando você sobe no palco, tudo tem
que ser maior. Você não pode internalizar tanto quanto você faz na câmera, tem
que ser maior para o público ter aquela experiência. E eu não entendia isso, e
achava que estava gritando para a maioria das pessoas. Alguém descreveu a minha
voz como “excruciante” e eu me lembro de ler aquela crítica e pensar ‘ooooh
merda, faltam mais 191’. E eu acho que tive mesmo que me dedicar e assistir
outros atores e diretores. Antes de acabar, depois de 3 ou 4 meses nisso, eu
aprendi. Quando a peça acabou, as críticas eram completamente diferentes. Eu
aprendi como projetar a minha voz ao invés de apenas gritar.
Você achou difícil
quebrar com o modelo de Harry Potter?
M.L: Não, na verdade. A primeira coisa que fiz depois de Harry
Potter foi um garoto não muito legal. Ele não era exatamente um personagem
desejável. E então eu fiz um filme em que eu estava grosseiro e pronto; eu era
capaz de “jogar” com meus músculos e peso um pouco, totalmente diferente de
Neville. Eu não recebo ofertas desses papéis mais. O tipo amável, vulnerável e
bochechudo de Neville. Eles apenas nunca chegam, não é como se eu os recusasse.
Talvez eu seja apenas muito bom em interpretar um idiota haha. Neville era um
personagem complexo, com sua história e coisas assim, mas eu sou mais desenhado
em personagens que são tons de cinza. Eu não gosto da ideia do preto no branco.
Eu sou desenhado em personagens que me fazem ter perguntas. O que fez ele desse
jeito? Por que ele quer isso? Por que ele se comporta dessa maneira? É isso que
acho interessante. E você só consegue isso a partir de personagens complexos e
interessantes.
Alan Rickman deve ter
sido um pilar tanto para você quanto para sua carreira. Como você reagiu quando
soube que ele havia falecido?
M.L: Eu estava nos estúdios de Leavesden, visitando os sets de
Animais Fantásticos e estava com o produtor que fez todos os filmes de Harry
Potter. Ele estava me mostrando o estúdio quando soubemos da notícia. Nós dois
ficamos completamente atordoados. E também, por estarmos no estúdio quando
ficamos sabendo, de repente todas as salas em que entrei, cada corredor pelo
qual passei, eu me lembrava de uma história ou da imagem de Alan. Foi bem
estranho. Surreal. Mas muito tocante também. Foi legal estar lá. Todas aquelas
lembranças felizes voltaram e eu fiquei bem nostálgico, na verdade. Eu voltei
para casa na noite passada e assisti um monte de entrevistas com ele. É difícil
descrever. No seu último dia (em Harry Potter), eu tomei chá com ele no seu trailer e nós apenas
sentamos e conversamos sobre o futuro de minha carreira e o que eu deveria
fazer. Ele me deu alguns conselhos de para onde deveria ir e me disse coisas
que me encheram de confiança. E quando você escuta coisas assim de alguém com
sua estatura e habilidade, significa muito.
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