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Relato de fã: Harry Potter na minha vida


A minha história no mundo mágico de Harry Potter começou mais ou menos em 2006/2007. Eu nunca havia sido aquele tipo de criança  que prefere ler, ainda mais se fossem livros grandes. Eu tinha  mais ou menos uns 10 para 11 anos e minha irmã tinha recém  começado a trabalhar na Biblioteca Municipal da cidade que eu morava.

Minha irmã trabalha até as 21h00min, todo dia meu pai ia buscá-la no serviço e eu ia junto. Eu adorava ficar assistindo os filmes que tinha lá na sessão de vídeos, enquanto não terminava o expediente dela. Foi então que minha irmã começou a me incentivar a ler mais, ela foi me mostrando os livros que tinha lá, mas por incrível que pareça eu não conseguia gostar de nenhum.

Certa noite estava eu lá esperando minha irmã terminar o serviço ela e então resolvi ver se achava algum livro interessante. Eles eram, a maioria, enormes. Outros eram infantis demais, ou o tema não me agradava. Eu estava quase desistindo quando vi um, aquele havia me chamado a atenção. Era grande, perto dos que eu estava acostumada a ler, mas aquela capa e aquele título haviam chamado a minha atenção.

Havia outro daquele ali, parecia ser continuação. Então resolvi ler esse tal de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, eu li no pequeno resumo no verso que se tratava da história de um menino que descobria que era bruxo. Pela primeira vez eu havia achado interessante (a princípio) um livro grande.

Naquela mesma noite, ao chegar em casa eu comecei a ler. Nossa, era demais!!! Quanto mais eu lia mais e mais queria ler. Os personagens, o cenário, as vozes, eu ficava imaginando tudo na minha mente.

Lembro-me do “ódio a primeira vista” daquele professor, Snape, era o nome dele. Ou o que falar daquele jeito nojentinho de ser do Draco Malfoy? Aos poucos fui me apaixonando pelos personagens Harry, Rony e Hermione, e também criei um carinho pela grande Minerva McGonagall. 

Eu lia direto, demorei uns dois dias para terminar de ler. Estava apaixonada por aquela saga, queria continuar, ler os outros. Minha irmã me trouxe então na semana seguinte a Câmera Secreta, e naquela mesma semana li também o Prisioneiro de Azkaban (ahhhh, o Sirius!). Eu estava simplesmente fascinada, eu queria aquele mundo, era tudo perfeito! Até o temível Lord Voldemort era fascinante! As frases de Dumbledore, as implicâncias do Snape, as explosões do Simas, Neville, Hagrid (ah, aquele meio gigante S2). Na outra semana li o “O Cálice de Fogo” e na seguinte a “Ordem da Fênix” (Aquela Dolores, essa sim foi ódio à primeira vista). 

A essa altura aquele desgraçado do Snape já tinha ganhado o meu coração e o meu carinho, gostava do jeito dele. Foi só depois de ter lido estes cinco livros que assisti pela primeira vez ao filme, uma pena não ter assistido na sequência correta, o primeiro que assisti foi o “Prisioneiro de Azkaban”, depois fui assistir “Pedra Filosofal” e “Câmara Secreta”. 

Uma pena que na minha cidade não tinha os outros filmes e na TV aberta não passavam. Foi só ali em 2012 quando me mudei de cidade que fui assistir o “Cálice de Fogo” e a “Ordem da Fênix”.

Não me lembro exatamente à primeira vez que vi “Relíquias da Morte”, mas lembro-me que foi antes de ler/ver o livro/filme do “Enigma do Príncipe”.  E por isso acabei odiando Snape durante todo o filme da parte I, não conseguia acreditar que ele tinha matado Dumbledore. Então eu decidi, precisava urgente achar o sexto filme! E achei, olhei e me emocionei. Meu irmão sempre gostou de Harry Potter também (ele é dois anos mais velho que eu), na verdade eu meio que o influenciei e foi ele que comprou pra mim o DVD do “Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte II”.

Sem dúvidas, Relíquias da Morte foi o livro que mais chorei. Chorei quando Snape morreu, apesar de implicante e com aquele ar de “severo” (hahahahaha) ele tinha me conquistado, as lembranças dele na penseira (mais lágrimas). Mais ai a J.K. Rowling resolve matar também o Lupin, a Tonks e o Fred (sacanagem, logo o cara que nos tirou as melhores risadas? Um dos nossos gêmeos favoritos?). Se não bastasse isso, ainda no filme resolveram dar aquele discurso pro Neville falar (sim, eu chorei). 

Só recentemente fui ler os dois últimos livros, simplesmente amei. Depois disso, já perdi as contas de quantas vezes olhei repetidamente todos os filmes. Minha mãe até já sabe que se eu to assistindo filme quieta e sozinha é porque é o tal do “Herry Potter” (assim não, né mãe).

O que eu acho do tio Voldy? Eu amo ele, assim como amo a Bella e a Ciça (só tenho repúdio do verme do Malfoy). E se querem saber, se eu fosse a J.K jamais teria matado a Bella e o Tio Voldy, eu teria continuado a saga até os leitores se cansarem (o que para eu seria bem impossível)

Sim, eu amo ouvir aquela voz gritando: “- Eu matei Sirius Black! Vem me pegar?!”. Por que seja dizendo que matou o meu amado Almofadinhas.

Luna, Dobby, toda a família Weasley (inclusive o idiota do Percy), Olho Tonto, Lilian, Cedrico, Cho... Enfim, todos os personagens para mim foram e sempre serão os melhores (tirando a Umbridge). 

E por mim que falem que Harry Potter é uma história infantil, ou que estou sendo idiota por gostar tanto da saga. Para mim Harry Potter sempre será o começo de tudo, foi a porta de entrada para a leitura, que até então eu detestava. Mostrou-me o quanto amigos podem nos ajudar nos momentos mais difíceis. A lealdade de Harry a Dumbledore, mesmo este ter lhe deixado uma tarefa quase suicida, ele jamais desistiu! Porque confiava nele.

Harry Potter para mim é muito mais que uma história, para mim é A HISTÓRIA.

8/9 anos se passaram e este amor só aumenta, cada vez mais.

E sim eu queria ser uma comensal, para passar todos os dias junto com o tio Voldy...

Mas eu também queria ser da Ordem da Fênix e/ou Armada do Dumbledore.

Segundo o site Pottermore (e outros testes) eu pertenço à casa da Grifinória, porém tenho grande gosto também pela Sonserina. 

As frases de Dumbledore sempre me marcaram...

O jeitinho da Luna...

As trapalhadas do Neville...

A irritante sabe-tudo Hermione Granger...

O Weasley mais querido, Rony...

O duelo do Dumbledore x Voldemort...

No filme, aquela cena do Snape protegendo os três quando o Lupin... (em forma de lobisomem) tenta atacá-los.

E não, eu nunca vou conseguir perdoar o James (ou Thiago, como preferirem) por ter sido tão idiota com o Snape em Hogwarts.

Ah, HOGWARTS...

Ok, Minerva e Dumbledore, eu perdoo vocês por terem esquecido de mandar minha carta quando fiz 11 anos!!!

Eu poderia ficar descrevendo todas as cenas que eu mais gostei, mas seria como contar o livro todo. Simplesmente é a saga a qual eu mais amei e vou amar para sempre, com os melhores personagens e a melhor história. 

Mas não perdoo a J.K por ter posto aquela frase “-A cicatriz não incomodara Harry nos últimos 19 anos. Tudo estava bem.” (Até hoje eu peço pra cicatriz voltar a doer...)

Porque não está tudo bem, tem um vazio em nossos corações, um vazio que pulava toda vez que ouvíamos aquela voz dizendo “- Brilhante Rony” “- Ela tem que decidir o que é prioridade”  “- Você é incrível Hermione!” “- Não vai morrer mais ninguém! Não por minha causa”

É, o tempo passou rápido. A gente sabia que ia acabar, um dia tudo acaba. Nós não estávamos preparados para o dia em que teria um fim.

“– O coração do Harry batia por nós, por todos nós! E isso ainda não acabou!”


Post Author

Hiago Freitas

Criador do site (um dia foi newsposter), é escritor de textos espiritualistas outro blog. Também escreveu ''J.K. Rowling - A biografia [não autorizada] da escritora inglesa que revolucionou a literatura infantil'' e ''A Última Mensagem

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